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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

UM PROCESSO DE EDUCAÇÃO QUE EXCLUI

  Arrastando-se através dos tempos, nosso modelo educacional teve uma melhora no aspecto de oferecer cada vez mais vaga na escola, nascendo assim uma oportunidade para aqueles que não tinham condição de freqüentar a escola privada, por conta das condições financeiras e a pública por falta de vagas e unidades escolares. Com isso, o surgimento de vagas nas escolas públicas leva esse homem a certo padrão de inclusão social através da educação.

Sabemos que desde a instituição do modo de produção privado que suplantou o primitivo, a sociedade, as pessoas estabeleceram padrões comportamentais não muito corretos para os padrões ético-morais definidos na contemporaneidade. Contudo,
chegamos à conclusão que o modelo ético-cidadão deve ser observado a partir do modelo de produção vigente, guardando as proporções em determinadas localidades de estudo. A escola, enquanto instituição, não está se comunicando diretamente com quem de direito, nesse caso a comunidade escolar. Esse é um dos problemas que observamos com freqüência dentro da rotina escolar, uma vez que ela vem se tornando cada vez mais um instrumento de dominação do Estado. Althusser, In Nery, 2009 nos diz:


“a escola é um instrumento da classe economicamente dominante,
detentora do poder político, para a reprodução das relações
sociais que favorecem a continuidade desta classe no poder, e
conseqüentemente mantém as relações de dominação e submissão
existentes”.


Embora nas academias, o conceito de exclusão social através da educação de Althusser, não esteja atualizado, se faz necessário que a academia volte os olhos para a educação de uma maneira mais abrangente.
Nas localidades onde a cana-de-açúcar determina o fator econômico, é incontestável a defasagem educacional, mostrada através de uma grande evasão escolar no período da safra, entendendo como principal motivo para isso, o corte da cana e todo contexto de uma cultura econômica que não estimula o ser humano ao desenvolvimento, ao contrário, o leva a uma ideia que, tendo a comida na mesa – mesmo que de má qualidade – é o suficiente para ele e sua família, causando assim um circulo de não participação do processo educativo.
Isso nos leva a uma reflexão, o que leva a essa exacerbação numérica na evasão escolar? São pensamentos que nos levam a criar situações, hipóteses sobre os benefícios e malefícios que causam a produção da cana de açúcar no Brasil, com especialidade nos interiores do nordeste, onde o coronelismo impera em todos os sentidos. Seja na prestação de serviços a população ou na perseguição na relação de trabalho semi- escravo prestado por pessoas carentes que não tem a opção, fora trabalhar na lavoura da cana a fim de sustentar sua família.
Enquanto vivemos no século no século XXI, algumas pessoas na Zona Rural e algumas na zona urbana vivem em situação caótica, numa situação de proporções medieval enorme quando observamos o processo que se desenrola nas relações de trabalho onde as pessoas sobrevivem em condições miseráveis.


EDIÇÃO E PUBLICAÇÃO

ANTONIO DE SOUZA JÚNIOR

PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR
ESPECIALISTA EM ENSINO DE HISTÓRIA
MESTRANDO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO


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