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sábado, 8 de janeiro de 2011

HISTÓRIA DE CAMPESTRE - AL

Os registros históricos do município de Campestre estão ligados ao município de Jundiá, de quem foi povoado desmembrado. O nome do povoado se originou dos verdejantes campos existentes em meados do século XVIII entre os morros que circundavam toda a região, a princípio com poucas casas. Com a construção da estrada e a pista asfaltica que ai interligava a Usina Santa Terezinha até o então distrito de Xéxeu (ambos pertencentes nesta época ao Município da Água Preta) e a BR-101 que liga Xexeu até Palmares, todo este percurso feito dentro do Estado de Pernambuco, através destas vias de acesso Campestre começou a se desenvolver. O povoado se estabeleceu e fortaleceu com a instalação das atividades industriais da Usina Santa Therezinha, que em seus tempos aureos foi considerada a maior ou segunda maior produtora de açucar do Estado de Pernambuco (atualmente desativada), outra fonte de fortalecimento economico fora a feira livre, com o volume de negócios crecentes esta feira foi considerada a maior da região em eus tempos aureos, superando rapidamente a feira da Sede e progressivamente em todos os aspectos sócio-econômicos a sede do município (JUNDIÁ).Na administração de José Ribeiro Caminha, em Jundiá, ocorreu o processo de desapropriação das terras que serviram de embrião para começar a delinear o futuro município de Campestre, facilitando assim o crescimento urbano com a desapropriação das terras antes pertencentes à Usina Santa Terezinha, repesentada por seu Titular José Pessoa de Queiroz, o conhecido Coronel Pessoa de Queiroz, o popular ZéZé Ribeiro como carinhosamente era chamado deu ínicio a grande transformação sócio-ecônomica e culural de Campestre, começou fazendo assim o desmenbramento das terras e a doação de terrenos para a construção de casas e também para a escrituração das já construídas, também fizeram parte do processo evolutivo do povoado Domingos Barreto da Silva e Antonio Sijames Granja.
O Padre Francisco Gerardi esteve à frente da construção da primeira igreja, em 1926, erguida em homenagem a São José, com o crescimento rápido da população do povoado viu-se a necesidade de se construir uma nova Igreja de maior porte em homenagem ao Padroeiro São José, daí aproveitou-se o antigo prédio da Igreginha e reformaram-na transformando-a no Santuário da Mãe Rainha (este último reformado e trasformado e inaugurado na época do Padre José Aloiso da Silva).
Destaca-se também que na decada de 30 chegou a Campestre o primeiro pastor João Buarque da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, que ao desenvolver o seu trabalho rapidamente conseguiu aumentar o numero de seus membros e na década de 60 construiram a sua sede principal que perdura até os dias atuais tendo aproximandamente cerca de 2.500 seguidores, sendo esta a segunda agremiação religiosa mais antiga no muncípio. A Igreja teve como seu Primeiro Pastor: Amaro Silva, Segundo Pastor: Antonio Catu, terceiro Pastor: Francisco Claudino, Quarto Pastor: Claudionor Ramos (presbitero), Quinto Pastor: Jônatas Pedro (presbitero), Sexto Pastor: José Maria (presbitero) e atualmente esta a frente dos seus trabalhos religiosos o Pastor Severino Machado da Silva, desde 1994. O campo de Campestre só ficou independente, quando o mesmo passou a ser pastor, formado em teologia.
Pois bem, a luta pela emancipação começou na decadá de 80 no ano de 1987, encampada inicialmente pelo então prefeito a época no município de Junidá o Sr. Gervásio de Oliveira Lins. Porém mais tarde já no mandato do Sr. Luciano Rufino da Silva, fora feito o plebicito popular e o povo sargrou a decisão de tornar-se independente, livre, tornar-se um município, com todas as suas prerrogativas constitucionais e de direito. O que se pode dizer é que houve a atuação efetiva desses dois homens públicos para que a proposta fosse realmente levada adiante e prosperasse.
No ano de 1988, foi aprovado na Câmara de Vereadores o projeto de lei fazendo menção ao desmembramento/separação entre Jundiá e seu distrito Campestre, ainda em 1988, na Assembléia Estadual dos Deputados de Alagoas, o Deputado Estadual Sr. José Medeiros assumiu a responsabilidade e se imbuiu do compromisso de atender as reivindicações feitas através do Ex-Prefeito Gervásio, sendo assim assumindo o movimento pró Campestre, apresentou o Projeto desmembrando Campestre de Jundiá tornando-o asssim um município, uma cidade, determinando os seus limites geograficos e tudo aquilo que comporia o território do novo e recem criado município de Campestre, que sem nenhuma dificuldade foi aprovado na Câmara dos Deputados. Seguindo a tramitação legal e cumprindo os prazos determnados, o projeto ora aprovado necessitando apenas da aceitaçaõ e assinatura do Executivo Estadual o então governador na época Geraldo Bulhões, sancionou a Lei Estadual nº 5.641 de 25 de Novembro de 1994, que concedeu autonomia administrativa a Campestre, tornado-a o 101 município do Estado de Alagoas.
Os pontos de encontro da cidade são a Praça Padre Cicero, a Praça do Centro da Cidade onde os idosos se encontram para jogar dominó e se socializar com os demais moradores, a quadra poliestportiva, o clube municipal e no rio Jacuípe em suas imediações a chamada Prainha do Val.  A atração turística ainda em fase de implantação será o Parque Ecológico Serra da Pedra, um grande sonho do seu maior defensor o Professor Aloíso Alves Pinheiro. E as principais festividades são: Carnaval, Festa do Padroeiro: São José no dia 19 de março, Campestre Fest e a festa de maior importância para os municípes que é a Emancipação Política de Campestre festa essa comemorada no dia 25 de novembro.
Este município tem como denominação o Gentílico: camprestrense, com a prerrogativa de sua formação administrativa esse Distrito foi criado com denominação de Campestre, no município de Jundiá.
Art. 41, inciso II, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, da Constituição Estadual de 05-10-1989, confirmado pela Lei Estadual nº 5.641, de 25-11-1994, que define os seus limites, desmembrado de Jundiá. Sede no distrito de Campestre ex-Povoado Campestre de Jundiá. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1997.  Em divisão territorial datada de 1-VII-1997, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Historiografias: Escrita e oral do município de Campestre


Sendo o precursor e primeiro comandante dos destinos administrativos do recém criado município de Campestre o senhor Gervásio de Oliveira Lins, brasileiro, casado, residente à Rua Pedro dos Santos Maravilha, Bairro Novo, Campestre/AL, estudou até as séries iniciais do antigo Ensino Primário, teve seu primeiro trabalho como agricultor e motorista na década de 60, depois tendo conhecido o Sr. José Ribeiro Caminha, personalidade Política de muito prestigio a época, foi chamado para trabalhar como pedreiro no município de Jundiá como prestador de serviço, logo passou para exercer o cargo de chefe dos Pedreiros, com o passar do tempo foi aumentando os seus laços de amizade, entrou na Política Pública candidato ao cargo de vereador no ano de 1970 até 1976,  sendo eleito com 219 votos, tendo desempenhado bem sua função parlamentar seguiu carreira almejando galgar mais um posto político, se candidatou a Prefeito no Município de Jundiá e ganhou, durante o seu mandato várias obras estruturantes foram construídas das quais citaremos algumas: 08 (oito) Escolas (no território de Jundiá), o Canal da Várzea no antigo distrito de Campestre, e pavimentação em diversas Ruas,  seu mandato foi de 1982 até 1986. E em Campestre como recém criado município, foi eleito primeiro Prefeito nos de 1997 à 2004, referente a dois mandatos consecutivos ou seja 08 (oito) anos.

  CAMPESTRE A CAMINHO DA EMANCIPAÇÃO

  Das origens a emancipação


A origem de Campestre esta ligada diretamente as terras dantes pertencentes a Pernambuco e mais precisamente ao Município da Água Preta, que após desmembramento das terras para a formação do Estado de Alagoas, passaram a pertencer à delimitação de seu território, daí as terras de Campestre que é divisa com Pernambuco, passariam a pertencer agora a uma cidade Alagoana com o nome de Porto Calvo, então hoje o território que são os municípios de Jundiá e Jacuípe pertenciam antes a Porto Calvo, que aos poucos foi sendo desmembrado, criando novas cidades como Jacuípe, Jundiá e Campestre que fora desmembrado das terras antes pertencentes à Usina Santa Terezinha (hoje desativada) e depois de Jundiá, tornando-se Cidade.
O nosso conceito de emancipação política é colocado como transformação social e política, no qual propõe a construção de uma nova visão social que se baseia pela autonomia e independência é exatamente nestes pontos que a perspectiva do direito de emancipação visa a transformação para o crescimento do município, quanto ao exercício da participação política democrática. Entretanto, poderíamos dizer que a emancipação se justifica exatamente na proposta de integrar liberdade e autonomia, subjetividade e cidadania, autonomia e interdependência, ou seja, política e individual sendo um conceito possível de se entender. A emancipação é uma resposta natural da comunidade que cresce e precisa assumir o controle da ação pública para buscar soluções com vistas as novas e crescentes necessidades.

  Os movimentos que se destacam na luta pela emancipação


O quadro Político Municipal era uma das muitas Câmaras enquanto Campestre era distrito de Jundiá do ano de 1982 a 1988, o mesmo se destacou na luta pela emancipação. Era constituída por:
Prefeito: Gervásio de Oliveira Lins
Vice-Prefeito: Manoel Feliz Alves (Manoel da Quena)
Vereadores: Adevan Belo da Silva (Joãozinho), Antônio Domingos Lins, Lourival Lisboa Nunes, Aguinaldo Oliveira de Andrade (Peixinho), José Onofre Mendes, José Pereira de Lima, Antonio José de Verçosa, Israel Teixeira de Carvalho, Cícero José da Silva
O primeiro movimento pela emancipação começou em 1982, onde houve uma conversa verbal com as pessoas da comunidade de Campestre, na qual surgiu a ideia de um Projeto de Lei que tratava em transformar o povoado de Campestre para a categoria de Vila independente de Jundiá. Segundo o entrevistado o Sr. Aloísio Alves Pinheiro que Diz:[1]
“Idealizei esse projeto que tratava da transformação da categoria de povoado para Vila independente (Campestre), quando me aconselharam em parar com esse argumento o que poderia me trazer problemas com temáticas da cidade de Jundiá. Modéstia parte, quem deveria ser considerado o precursor da ideia da emancipação”.

 O plebiscito “A ora da decisão e da verdade!”


O plebiscito ocorreu depois que o ex-prefeito Gervásio de Oliveira Lins conseguiu as três mil assinaturas do povo campestrense que gritava pela independência do município, depois foi feito projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores da época em agosto de 1987, depois sancionado, o qual foi entregue ao deputado José Medeiros, o mesmo fez um Projeto Legislativo na Assembléia, sendo aprovado por unanimidade em outubro de 1988 e indo para a sanção do governador, o então governador Geraldo Bulhões sancionou em 1994, segundo o ex-prefeito Gervásio de Oliveira Lins [2]diz que:
“O projeto de Lei foi parado por pedido do deputado Oscar Fontes junto com quatro vereadores, mais tendo Gervásio apoiado o governador eleito Geraldo Bulhões, resolvi fazer o pedido diretamente, ao governador Geraldo Bulhões e ele resolveu atender meu pedido, mesmo estando afastado da administração do município e sancionou a lei de emancipação em 1994.”
Ficaram responsáveis pelo recolhimento das assinaturas foram os senhores Buarque Júnior e Severino Caetano da Silva que na época eram funcionários da Prefeitura Municipal de Jundiá, saindo porta-a-porta dos munícipes de Campestre ao término encaminharam ao Sr. Prefeito de Jundiá Gervásio de Oliveira Lins. Campestre economicamente não atendia os requisitos básicos para ser emancipado, daí simularam através de declarações que o distrito tinha condições de se emancipar, pois Campestre sempre se fez constante na sua vontade de crescer, na sua luta de expandir-se, buscando frequentemente o incremento de sua autonomia econômica, impondo sua presença junto com Jundiá no Estado de Alagoas.

 Nasce a nova cidade “CAMPESTRE”


Em 1987, foi aprovado na Câmara de Vereadores o Projeto de Emancipação Política de Campestre. No mesmo ano, o deputado estadual José Medeiros encampou o movimento. E Em 25 de Novembro de 1994, Finalmente, o então Governador Geraldo Bulhões sancionou a Lei que concedeu autonomia administrativa a Campestre.
Portanto no D.O. de 26 de Novembro de 1994, fora impresso a sanção da Lei que criaria a partir daquela data o município de Campestre desmembrando-o de Jundiá. O Projeto de Lei que criou o Município de Campestre é o de nº 639/94.
Destaca-se que na época o Jornal Gazeta de Alagoas do dia 24 de Setembro de 1993, página A-I, saíra uma nota alegando que o deputado Oscar Fontes de Lima seria o autor do projeto de emancipação de Campestre e teve ainda a participação de Fátima Cordeiro.
O Artigo 41, inciso II do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Estadual de Alagoas de 05 de Outubro de 1989, confirmado pela Lei Estadual nº 5.641. Campestre foi totalmente emancipado em 25 de novembro de 1994, definido os seus limites, desmembrado de Jundiá, sendo assim constituído de Distrito Sede, instalado em 01 de Janeiro de 1997. De acordo com o Sr. Aloísio Alves Pinheiro[3].
“Muitas foram as pessoas que se envolveram nesse processo, dentre os quais Gervásio de Oliveira Lins ex-prefeito, o deputado Oscar Fontes e outros. Depois de sua emancipação Campestre ficou sem interventor, o então prefeito o Sr. Luciano Rufino da Silva passou tudo para Jundiá”.
O governador eleito em 1995 Divaldo Suruagy resolveu fazer uma reunião em Campestre, para colocar Domingos Barreto como interventor, porém Domingos não aceitou porque não haveria recursos suficientes para tocar o novo município, então ficou-se no aguardo das eleições de 1996. Campestre ficou sem administrador, o prefeito de Jundiá na época Luciano Rufino da Silva abandonou tudo, e o que restou do mais novo município alagoano, foram apenas poucos prédios que estavam praticamente em ruínas. O descaso era total na cidade era total em todos os setores, na saúde não havia ambulância, e nem a menor estrutura para garantir assistência à população, na educação não existia sequer carteiras pra as crianças estudarem dignamente, depois da emancipação de Campestre o município de Jundiá foi o mais beneficiado, pois Campestre já funcionava como sede.
As primeiras eleições da mais nova cidade alagoana foi em 1996 para definir seu primeiro prefeito eleito pelo voto popular, os candidatos foram Domingos Barreto da Silva (PSDB) e Gervásio de Oliveira Lins (PFL), deu-se inicio a um novo ciclo político agora em Campestre, o resultado das Urnas deram o Sr. Gervásio como o eleito com 1.072, tendo este motivos de se orgulhar, pois ele foi eleito o primeiro prefeito do município que ele lutou para ser criado, agora começaria uma tarefa árdua, a de reconstruir Campestre. Suas primeiras ações foram a reestruturação da Unidade Mista (Posto de Saúde) e a construção do Prédio da Câmara de Vereadores do Município.  

 O município de Campestre e o seu desenvolvimento econômico


            Nos dias atuais, as migrações continuam se desenvolvendo, pois os fatores que determinam os deslocamentos da área rural é o fim do período da safra da Cana-de-açúcar, o fim da produção açucareira e alcooleira na região forçando assim o deslocamento quase que em massa dos trabalhadores do campo para outros Estados como sendo: Espírito Santo, São Paulo, Goiás, Mato do Grosso do Sul, etc., em busca de novos postos de trabalhos para poder sustentar suas famílias que residem em Campestre, os mesmos permanecem longe de suas famílias por um período de seis a sete meses.
                      A sociedade campestrense que vive basicamente da cana-de-açúcar, historicamente este “desenvolvimento” que tem acompanhado os municípios que estão em áreas de forte plantação da cana e vivem da economia açucareira, economia esta que firmou raízes na região desde o início da colonização da região, em Campestre esse desenvolvimento sucroalcooleiro começou em 1938 quando foi construída as margens do Rio Jacuípe a Usina Santa Tereza, o proprietário que comprou 14 propriedades com vários hectares de terras, as terras estavam situadas na melhor área agrícola entre os Estados de Pernambuco e Alagoas (onde campestre era a divisa através do Rio Jacuípe), aumentando assim de certa forma a população em Campestre, pois muitos vinham em busca de trabalho, a Usina com capacidade esmagar aproximadamente 500 toneladas de Cana e produzir, fabricar cerca de 3.500 litros de álcool ou 5.000 litros de aguardente em 22 horas, precisava de bastante funcionários para suprir as necessidades do quadro, tanto na área administrativa, técnica e rural, atraindo a ambição de muitos, na década de 30 era considerada a terceira  Usina em capacidade de produção, esmagando 1.600 toneladas de cana, pois apenas a Usina Catende era superior, na mesma época inaugurou a segunda destilaria de álcool de Pernambuco, com tudo isso muitos moradores de Campestre que trabalhavam na Usina se especializaram em várias áreas dentro da usina. No início da década de 50 a usina sofreu a sua primeira crise como reflexo mais imediato ocorre a suspensão dos pagamentos de funcionários e fornecedores, devido a crise surge a necessidade da criação de uma moeda local o Gabão, era um vale utilizado para passar troco, que logo se tornou moeda de maior circulação em toda região enfraquecendo, assim a circulação de dinheiro na usina, no povoado de Campestre, na vila de Xexéu, Jundiá e em outras localidades.
                      A Usina começou a acumular dividas seus 79 engenhos boa parte desses engenhos situados ao redor do então povoado de Campestre, alguns foram arrendados e outros vendidos, com isso houve demissões em massa, várias pessoas de Campestre foram demitidas, em 1981 a 1982 a usina entrou em grande crise diminuindo muito a sua produção e em 1982 a 1983 não conseguiu moer, ou seja, se recuperar, sendo desativada. Em 1984 voltou a funcionar de maneira muito precária, onde foram poucos a ser contratados, sofrendo então um processo de intervenção pela Justiça tendo em vista os débitos acumulados entre fornecedores e funcionários, ficando impossibilitada de obter financiamentos para os novos plantios, nem recursos suficientes para o pagamento dos salários dos trabalhadores assim, passou a produzir para outras usinas como Catende-PE, Treze de Maio, Pumaty-PE, e Porto Rico em Alagoas. Operadores, funcionários e fornecedores de cana fizeram um movimento para tentar reativar a usina, conseguindo que o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), financia-se as reformas na Usina que reiniciou suas atividades da Safra 1989 a 1990, depois de vários rendeiros e tentativas de reerguimento do seu parque industrial, foi fechada em 1986, deixando assim muitos desempregados apenas 350 funcionários diretos e indiretos trabalhando, e suas plantações em andamento, no qual foi um alívio para muitos trabalhadores rurais de Campestre. Em 2006 o Dr. José Amaro conseguiu pela Justiça comum arrendar por dez anos, empregando boa parte da população de Campestre, foram apenas poucos meses reaberta para tristeza de muitos, hoje aquelas terras que pertenciam a família Pessoa de Queiroz (ex-donos) dos 79 engenhos reivindicou posse de suas terras e obteve porém perdeu algumas por usucapião por parte de alguns arrendatários e outras percas por dividas, as terras que sobraram sobre suas posse que passaram a produzir para o grupo UNA (União Nacional Agropecuária) criado por eles para tentar de reerguer sem acumular as dividas da então falida Usina Santa Terezinha. A mesma no ano de 2007 demitiu boa parte dos cortadores (trabalhadores rurais) de cana e empreiteiros deixando muitos do município de Campestre desempregados, foram 350 pessoas demitidas do município, 70 pessoas foram dispensadas porque eram aposentadas e 265 foi redução do quadro e muitos desses estava há anos no grupo UNA, com também muitos saíram sem nenhum direito.
                      Ao redor do município de Campestre o engenho Abacate com 112 hectares de terra com 2 km de distancia, o mesmo pertence a Agropecuária Javary, qual pertence ao grupo UNA (União Nacional Agropecuária); o engenho Abacate (sede) cobre 60% de terras, o engenho Laranjeiras tem 30% com 42 hectares de terras, a qual pertence ao senhor Plácido, o mesmo contrata os trabalhadores rurais para trabalhar por safra, 10% pertence ao engenho Pedra Branca que pertence ao senhor João Alfredo o engenho fica a 1 km de distância do município de Campestre Cm aproximadamente 300 hectares de terras. A Usina Taquara que fica localizada em Colônia Leopoldina em Alagoas tem 4 engenhos ao redor do município de Campestre são: Sintineta, Araguari, Araras e Taquari com 80 pessoas que trabalha na mesma do município.
                      A cana na apresenta solução para o problema da região, ao contrário, a mesma gera problema ao desenvolver um latifúndio que tira do trabalhador qualquer possibilidade de fixar e de possuir bens. Porque também não oferece trabalho permanente à população que após seis meses de trabalho ficam desempregados e vão em busca de novos postos de trabalho ou cortes de cana em outros estados, sem qualquer amparo. As usinas não trouxeram um desenvolvimento sustentável para o município de Campestre, ao contrário condicionou a população do município a viver em função dela principalmente os trabalhadores rurais, ao mesmo tempo influenciando, na política, no comércio, na justiça e de certa maneira a religião. Por mais que os grandes empresários da indústria sucroalcooleira mostre um tal “desenvolvimento”, há vários anos que a cena se repete a  economia voltada a monocultura viveu em decadência com muitos percalços de altos e baixos, com isso, não garante melhoria na qualidade de vida do trabalhador. Segundo o auxiliar agrícola Mário Gabriel [4]:
“Um dos motivos para que a economia sucroalcooleira não se desenvolva é que a empresa é pernambucana, e maioria da lavoura da cana é no Estado de Alagoas por que quando a fiscalização nomes de setembro surge à empresa perde muito por pagar impostos por deslocamento do Estado de Alagoas para o Estado de Pernambuco, uma das soluções seria o grupo UMA se interessar em colocar uma destilaria nas terras do município onde recebe toda cana-de-açúcar do Estado de Alagoas onde ficasse de fora de todos esses impostos que a Usina para todos os anos. Ao pagar a empresa Uma perde muito.”
            A monocultura da cana-de-açúcar, não capaz de assegurar melhoria para o município de Campestre, tampouco de oferecer uma economia que proporcione melhoria na qualidade de vida para o trabalhador, por mais que se queira mostrar a economia canavieira como possibilidade de desenvolvimento para região, não resta dúvida que na realidade, trás apenas a proliferação do subdesenvolvimento para a maioria da população. Também a economia da cidade não se desenvolve porque não há uma política de geração de emprego e renda, alguns empresários já quiseram investir na agricultura e na apicultura (criação de abelhas) apresentando algumas propostas para plantações, ainda há um tímido e pequeno desenvolvimento na área da agricultura familiar precisando de uma maior fomentação, voltando assim para a monocultura da cana-de-açúcar. Segundo o historiador e radialista Buarque Júnior diz que[5]:
“A economia da cidade não cresce por que não existe interesse e nem mesmo apoio de políticas públicas, em décadas passadas a família pessoas de Queiroz da Usina Santa Tereza tudo era de novidade para a região.”
            A monocultura da cana-de-açúcar, só trás de volta a mão-de-obra escravista, que passa a ser a bóia-fria, levando como já citamos a um problema seríssimo às migrações.
Hoje o município de Campestre conta com o apoio do Governo do Estado de Alagoas através da adesão do município ao PAA (Programa Agrícola de Alimentos), envolvendo aqueles produtores da Agricultura familiar, assegurando técnico agrícola, sementes e compra de seus produtos.

  A economia açucareira e sua influencia no município


            As maiorias conseqüências são os danos causados ao meio ambiente, os impactos mais perversos do cultivo da cana-de-açúcar são a destruição praticamente da Mata Atlântica que rodeia a cidade de Campestre, a extinção da espécie típica dessa mata, o enfraquecimento do solo e a poluição do ar. Com a monocultura da cana os rios ficam com menos água na estação da seca, castigando a população com grandes precipitações de chuvas no período do inverno, acarretando em alguns anos até enchentes nas cidades ribeirinhas com Jundiá, Jacuípe e até a Usina Santa Tereza.
            Mesmo os anos que a Usina Santa Tereza ficou desativada, suas chaminés não poluía mais o ar com sua fumaça, contrastando assim necessidade de emprego com qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, mas continua plantando e vendendo cana para outras usinas, continuando o seu processo de destruição do resto da Mata ciliar que esta ao seu redor, o uso de fogo (queimadas) que faz a cana avançar contra o pouco da Mata que resiste, essa prática agressiva e geradora da poluição do ar e do efeito estufa, além das queimas, tem os produtos químicos com a finalidade de adubar terra, combater insetos e ervas daninhas, causando efeitos danoso aos recursos hídricos, ao solo e a fauna da região, além de despejos (Tiborna ou Carda como é conhecido na região) dizimou parte das espécies de peixes do Rio Jacuípe.
            Não só ao meio ambiente esse tipo de atividade causa conseqüências também, a população que é condicionada a um terrível servilismo aos usineiros da região, muitos desses cidadãos nunca freqüentaram a escola ou se a freqüentaram foi de maneia insignificante, esta realidade é que de certo modo muitos se introduziram no trabalho do corte da cana precocemente assim, não conhece seus direitos trabalhistas e continua vivendo de forma sub-humana. Atinge também a saúde não só dos bóias-frias, mas também dos moradores que sofre de problemas pulmonares, que durante as queimadas adquiriram o número de pessoas que procura a Unidade Mista de Saúde em Campestre para obter inalação através do nebulizador aumenta consideravelmente, outro aspecto que é importante lembrar são os acidentes que acontecem que freqüentemente nos cortes de cana, no começo do ano de 2007 houve um acidente com os trabalhadores rurais da cidade que trabalhavam na Usina Estreliana, o acidente aconteceu entre a cidade dos Palmares-PE e a Cidade de Gamileira-PE, onde morreram 03 (três) pessoas do município e outros 25 (vinte e cinco) ficaram feridos.





[1] Entrevista cedida para o TCC de Sivalda Maria Cardoso da Silva
[2] Gervásio de Oliveira Lins, parte integrante do TCC de Sivalda Cardoso Maria da Silva.
[3] Aloísio Alves Pinheiro, entrevista integrante do TCC de Sivalda Cardoso Maria da Silva.
[4] Mário Gabriel, entrevista integrante do TCC de Sivalda e outros.
[5] Buarque Júnior, entrevista integrante do TCC de Sivalda e outros.

As Entidades Religiosas: Igrejas

- Igreja de São José (Católica Apostólica Romana);
- Igreja Evangélica Assembléia de Deus (Ministério de Belém do Pará);
- Igreja Evangélica Deus é Amor;
- Igreja Evangélica Assembléia de Deus (Ministério da Madureira);
- Igreja Adventista do 7º Dia;
- Igreja Evangélica Aliança com Deus;
- Congregação Cristã no Brasil;
- Igreja do Evangelho Quadrangular;
- Igreja Mundial da Graça de Deus.


EDIÇÃO, PESQUISA E REVISÃO DO TEXTO:
Professor: Alex Sandro Ribeiro
Especialista em História do Brasil- FAMASUL/PE
Professora: Sivalda Maria Cardoso da Silva
Especialista em História do Brasil- FAMASUL/PE

9 comentários:

Unknown disse...

Esse é meu projeto... um objeto de estudo desde o ano de 2006
Sivalda Cardoso

Unknown disse...

Parabéns Sivalda, é sempre bom conhecer as histórias da nossa querida Alagoas.

Grato por seu artigo!

O Melhor de Campestre/Alagoas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O Melhor de Campestre/Alagoas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O Melhor de Campestre/Alagoas disse...

Obrigada!!!

O Melhor de Campestre/Alagoas disse...

Aliás meu e da também historiadora Vagna Triburino!!!

O Melhor de Campestre/Alagoas disse...

Aliás meu e da também historiadora Vagna Triburino!!!

O Melhor de Campestre/Alagoas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Muito o resumo. Parabéns. Poderia fornecer mais informações sobre rotas para se chegar a cidade?
Grato

Messias Cardoso